quinta-feira, 26 de abril de 2012

Condicionada

Mas que coisa, hein?
Então a sociedade, essa que também é constituída por mim, me dá uma série de atividades sociais que eu preciso cumprir pra ser parte dela/ aceita por ela - e como acabei de mencionar, já sou parte. Engraçado.
Existe até uma lista de coisas que preciso ter ou fazer pra ser feliz. Decidiram sem me consultar, porque o que penso entra em contradição com o que a maioria pensa.
Faço e me sinto cobrada pela minha consciência social um monte de bobagens.

Certo, já trabalho e estudo. Me fizeram acreditar que isso é essencial, então faço sem questionar demais.
Aparentemente meu corpo não anda aguentando a 'correria' a qual me submeti nesses últimos meses e isso me causa um certo desgaste físico e até emocional, levando em conta o estresse que acompanha a insatisfação do meu corpo. Isso me leva, segundo meu conhecimento prévio social, a acreditar que estou infeliz.
E como mágica, mentalmente, como bem ensinada que fui pelo meio em que vivo, desenho a lista de atividades e posses que preciso para preencher esse 'vazio'.
Um monte de lixo, coisas supérfluas, superficiais, sem sentido.

"Você precisa sair mais, ter muitos amigos, beber mais, comprar mais, viajar mais". Olha, eu não acredito em nada disso. Quanto menos "você precisa", "você deve", "você tem que" eu tiver pra me preocupar, cobrar, cumprir eu tiver, mais liberta eu serei e liberdade aqui pra mim agora é felicidade.
Não aguento mais essas vozes falando, ditando, exigindo.
Quero mudar quantas vezes eu achar que devo. Pegar e largar as situações que tiver pra eu viver quando elas me fizerem felizes ou tristes. Escolher sem pensar no que esperam de mim, no que acham que eu deveria, preciso, tenho que. Única coisa que preciso é saber amar (todos os tipos de amor que existirem).
Quero viver sem padrões, posso?

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