Eu sou uma procura intensa sobre o espiritual, presa nessa vida e corpo.
O infinito acontece rapidamente, enquanto meus pensamentos se prendem numa noção de tempo equivocada.
Várias perguntas, pouquíssimas respostas.
Estou perdida e cada vez mais confusa quanto a quem sou ou 'estou' - agora que me dei conta de que quem sou é muito mais do que quem estou sendo.
Não sei o que me falta para obter respostas sobre todas as coisas que eu sempre quis entender. E toda essa falta de entendimento só me faz pensar no quanto ainda preciso evoluir.
Queria ser mais. Em tudo, mais.
Mas ainda desejo algumas coisas pequenas dessa vida. Ainda queria fazer dessa minha versão de ser, mais significativa que minhas outras versões. E esqueço que sou pequena, uma pequena parte de um todo.
Só queria o amor e saber amar. E preciso dele em todos os seus estágios, expansivo e contagiante. Queria me tornar um com o amor do mundo e deixar de ser eu individual, egocêntrica, pra ser eu plural-singular (sei lá explicar).
Queria não fazer das coisas sem importância espirital uma necessidade e aprender a viver cada vez menos para o material.
Queria me desprender da minha realidade carnal, com necessidades carnais para prestar mais atenção às urgências espirituais.
Acalmar minhas superficialidades sem sentido eterno.
Ter mais tempo longe de "mim", mais perto de todos os "eus" que podem me completar.
E se eu precisar responder o que eu quero da vida, vou responder que quero ser ela e não mais viver nela.
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