Às vezes eu brinco de ter raiva de você.
Passa um, dois dias e me esqueço de todo o mal.
Não dá para não sorrir quando vejo seu nome na tela do celular.
Por que será?
Eu ainda me surpreendo com as surpreendências da vida.
Vivi tanto, mas tão pouco... Mal sei do que sei.
E meu coração. Pequeno, mas grande, frágil, mas forte...
Se apaixona e desapaixona sem deixar de amar.
Não sabia que isso era possível até, então, experimentar.
Você. Você que serve de espelho e que me lembra o tempo todo do que ainda não pude ter. Te olhar é me enfrentar. Todas as vezes, um desafio.
Você me acusa sem acusar.
Eu mesma cuido de fazer isso.
A voz do meu medo sussurra: você não merece.
Mas meus olhos te fazem o mesmo e, outra voz lhe sussurra igual.
A gente se acusa sem acusar.
E no fundo queremos nos dizer: como eu queria estar dentro de você!
Tudo outra vez.
O abraço, as energias intensas, os cheiros, os cabelos, a barba, as mãos, os beijos e todo resto.
Nenhuma pergunta é respondida.
Nada muda.
Ninguém se ajuda.
Passou da hora de acabar.
E começar.
Outro! Zera. Começa direito.
Chega de espelhos.
Te amo, my friend. E é por isso mesmo que acaba.
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