sexta-feira, 13 de junho de 2014

Vi alguém que amo traindo outra pessoa, que também amo.
Meu coração está partido por todas as pessoas do mundo.


Toca Debussy.
Uma bem triste para alguém que não existe. Só hoje. Só agora. Deixa sentir assim, só para entender.
Aceita, apenas sente e percebe a existência de tudo que faz estremecer e enfraquecer.

Estão invisíveis.
Não são vistos, se olham, mas não se vêem.
São pedaços de carne que andam, falam, choram, quebram. São um homem e uma mulher, apenas.
Não, não vêem a alma, não vêem o ser de luz, não vêem que são amor, não se vêem também.
Não sabem quem são.
Se olham no espelho e só enxergam o reflexo. Nada além.
Todos cegos de egos. Poucos de suas essências.
O amor se perdeu em algum momento na infância e nunca mais foi encontrado.
Todos se olham superficialmente. Nada dentro. Dentro mesmo, no fundo, no Eu Sou.
Não há respeito, não há compreensão, apenas para si mesmos. Mas só para coisas pequenas e rápidas. Para compreensão intensa, para explicar-se na vida como seres de luz, não. Isso cansa.

Estou tão triste!
Cai uma lágrima e molha. Cai outras tantas. Não pára mais.
Vou deixar cair até a minha respiração fazer a metamorfose disso que agora sinto.
E volto a acreditar nas pessoas. É uma promessa. Eu preciso continuar o amor.
Vou fazer uma oração por eles e outra por mim.

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