Não tem nada.
Não tem poderes, não tem roupas, não tem emprego, não tem teto, não tem ninguém.
Nada possui. De nada é. Não pertence.
Está passando por aqui, está aprendendo, superando, caindo, levantando, mas aqui não é para sempre.
Aqui não fica, daqui nada leva, apenas a evolução que acredita alcançar.
Algumas coisas fazem sentido, outras nem tanto.
Algumas coisas deseja do fundo do coração, mas o tempo diz que não é hora. Se questiona se para isso terá hora, ou se esse hora não chega nunca. Mas no fim das contas, só o que importa é que sempre é só ela. Nada mais explica nada.
Não são as pessoas, nem as horas, nem o tempo, nem nada, é só ela mesma que não está ajustada ainda.
Se coloca na maca, fecha os olhos, implora para que um médico/mágico conte até três e faça dela sã, mas volta-se para a realidade e reconhece que ninguém mais, a não ser ela, tem essa capacidade de fazer-se mágica. Acontece que não é estantãnea nem indolor, a mágica é o agora, as lágrimas são parte da magia, as dores são parte da magia, as decepções são parte da magia, o reconhecer que toda a responsabilidade é dela faz parte da magia.
Demora, mas em algum momento as coisas começam a mudar.
Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata. Diz para si.
Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata. Diz para o outro.
Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata. Diz para o universo.
Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata. Diz para a vida.
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