sexta-feira, 11 de março de 2016

2/21

Neblina para todo lado, não vejo meus pés.
Ouço passos, é ele!
Corro, corre.
Estou chegando perto, está chegando longe.
Vou tocar, vai esquivar.
Grito, tapa os ouvidos.
Não há mais passos, só os meus. E a branquidão. E o silêncio.
Minha respiração ofegante, a percepção da situação, ambiente. Como eu consegui andar sem enxergar o chão? Para.
Sua inconsequênte! Arriscando-se pelo vazio.
Estou confusa. Não está escuro, mas não posso ver.




Ainda assim, grata.
Obrigada por mais um dia.

Um comentário:

Gugu Keller disse...

O medo invisibiliza o que salta aos olhos.
GK