segunda-feira, 11 de abril de 2016

Amo muito.

Aqui, nas internets e vejo: capricas não amam.
SEUS CÚS! SEUS CÚS!!!!!! CÚSSSSSS!

Ainda mais pra mim, com vênus em peixes. Não! Cês calem a boca.
Vou explicar o que acontece. Vou falar por mim, só, né? Não posso responder pelos outros.
Amar, nóis ama. Acontece que temos controle sobre esse amor. E a gente ama enquanto quer, só, entende?

Posso amar uma única pessoa a vida toda (seria bem bom), eu gosto da pessoa, sinto as magias, pronto, já vou decidindo amar. Analiso as coisas todas, vou conversando, vou vendo as possibilidades, pá, vênus, querida, vem amar!
Só que é um amor meio inseguro, pelo menos foi assim até hoje. Porque eu acabo sempre pegando campo infértil, tem que arar, tem que aguar, tem que cuidar muito, bastante paciência pra ver se vinga alguma coisa. É um amor trabalhado na construção dele. Muitas cautelas.
Não duvide da minha dedicação, entrega, compromisso. Uma vez escolhida a pessoa do amor, meu mundo não considera mais outras opções. Dou tudo e mais um pouco. Quero ser a melhor, quero amar além de mim, quero fazer o outro completamente feliz, quero fazer planos, viver coisas lindas, amar, amar, amar de todos os jeitos possíveis.
Aí chega uma hora que não tem mais possibilidades, vejo que alí não cresce nada mesmo, não,
não tem jeito.
Fico um tempo alí parada, chorando a morte inevitável do amor, tento ressuscitar as plantinhas miúdas que até chegaram a nascer, fracas, mas alí e depois eu me levanto e vou embora. Simples assim. Só que esse choro às vezes dura muito, às vezes nem dura. Depende bastante do tanto de dedicação investida. Quanto maior o esforço que tive, maior a dor da minha perda. Isso está ligado com o ego e eu sei, o ego e o orgulho ferido, mais que com a pessoa que está indo.
Então sacudo a poeira, bato os pés, que é para não ficar resto de terra agarrado. Já era. Não quero nada daqui mais não.
Decisão tomada, sem volta. Arquivado amor.

Eu tento avisar as pessoas desde o começo, eu tento ser bem clara, acho que ignoram.


Não é falta de amor, não. Nem incapacidade de amar.
É amor próprio mesmo, certezas nos objetivos que tem. A gente sabe bem o que quer e amor quebrado nenhum mata isso.
Tem um caminho para seguir, coisas pra fazer, lugares para passar. O trabalho aqui acabou.
Onde assino término do contrato? Põe essa terra aí à venda. Se quiser.

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