quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Toca Pianinho, com Esteban, sem parar...

Anestesiada é como me sinto na alma. Mas no corpo, dores que vem e vão.
Sensação de como se um barulho irritante penetrasse meu cérebro e não me deixasse em paz mais.
Meu corpo de mulher faz seu ciclo funcionar, me sinto fraca, sem energia. Uma cólica chata me desconcentra. Estou doente desde a segunda-feira, pra somar.

Acordei confortável aos braços dele novamente antes que a despedida da segunda perdesse a validade deixando a saudade tomar conta de mim por inteira.
Esses dias em que o vejo no meio da semana fazem os dias de trabalho passarem mais calmamente.
Mesmo assim, a minha vida se conhece independente e desprendida. Querendo o apego e o desapego simultaneamente, ignorando as impossibilidades.
Ora me sinto jogada e perdida no mundo, ora tudo parece fazer sentido. E é com ele, bem quando estou com ele que tudo parece ser menos complicado do que é. As coisas são menos pesadas quando nossas vontades são supridas.
Não sou nem dele nem de mim. Sou parte de alguma coisa maior, um fragmento de um todo sem fim.
Isso tudo é apenas uma carência que necessita de preenchimento. É também amor que pede reciprocidade. É  minha parte mais humana, com necessidades mais humanas. Essa é o eu que o mundo é capaz de ver. E a capacidade de visão do mundo é limitada, assim como a minha.
Então eu me pego novamente pensando no espiritual.
Quanto mais penso nisso, mais deslocada sinto-me com relação ao mundo.
Quero tanto mais! Mais do que esse corpo cansado e mais do que essas necessidades tão insignificantes diante de um universo tão imenso.

Vou dormir um pouco, porque agora isso é só o que posso fazer por mim.

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