Borboletas estão voando em volta da minha cabeça.
Cai uma lágrima, abre-se um sorriso.
Eu me contento com o hoje, agradecida pelo ontem e esperançosa com o amanhã.
Toca Chopin e eu adoraria já estar de férias, em qualquer lugar longe da cidade e mais perto de mim.

Danço e viro três. Abraçam-me eu, deixam-me eu, deitam-me eu. Sonhamos sorrindo e despertamos assustadas apenas uma de novo, mas com sombras de várias de mim andando, gesticulando, gritando, gargalhando, vivendo. Toda a minha vida passando diante dos meus olhos. Todas as eus.

É um vai-e-vem, uma inconstância, um ballet dramático.
Gosto tanto de mim, torço tanto por mim, quero tanto para mim!

Amo, desamo e amo outra vez. Nunca desisti e nunca vou...
As borboletas me farão sonhar tudo outra vez e eu quero me deixar viver.