terça-feira, 10 de junho de 2014

Eu sou o amor.
Olho e me apaixono. Fecho os olhos e sinto tudo. Lembro de cheiros, de cores, dos arrepios na pele.
Eu abraço. Eu aperto. Eu sorrio.
Derramo lágrimas, me despedaço e me divido.
Me entrego, me dou, me multiplico.
Cresço. Nunca diminuo, mesmo quando perco um pouco de mim, outro tanto nasce de dentro.
Eu sou a energia.
A que te esquenta e que te esfria.
Eu sou o medo, a esperança, os sonhos.
Sou um pouco de você, você um pouco de mim. E a gente mistura.
Somos todos amor.
Quero ser lembrada, quero mudar o mundo.
Eu sou o sentimento.
Sou a falta que sinto e a inquietude na noite.
Sou o preenchimento de tudo que era vazio.
Sou pouco e tanto... Sou tudo que preciso.
E me apaixono, de novo e de novo e de novo.
E me despeço e recomeço e desfaço e refaço.
Não guardo mágoas, entendo, compreendo.
Tudo passa, tudo volta, tudo vai, tudo renova.
Quero bem, quero mais, amo tanto, sempre mais.
Me jogo, mergulho. Volto. Transformo. Ilumino.
Estou amando tanta gente! Amei tantos amores.
Passo a luz, envolvo, deixo tomar.
Me leva, me deixa, me traz, me joga, me esqueça, me volta.
Nada importa, só o amor.
E eu amo, eu amo, eu amo, eu amo!
Amo todo mundo e mais. Sempre vou amar.
Muda outra vez e eu amo. Amo o novo, amo o velho, amo o que não vem.
Não há posses, não há tempo, não há espaço, não há matéria, não há ego.
Eu sou o amor e eu sou eterna.

Um comentário:

Gugu Keller disse...

O amor é verdadeira sinapse.
GK