segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Sh.
Agudo.
Um grito. Um grito que reverbera ano após ano. Será isso este som que ouço?

Então, para onde é que vão todos os "eu te amo"? As declarações de amor já feitas, em toda a história de mundo. Os soluços, as lágrimas, as dores da morte...
E as almas que se vão, voltam?
Quantos anos realmente tenho eu?
Quantas vidas vivi, quantos amores amei, quantas mortes experienciei?
Quanto de mim tenho em mim?
Quantas fui, quantos somos, de onde viemos?
O que ficou, o que apagou?
Do que vivo hoje, o que realmente importa?

Silêncio.
Agudo que não existe.
E toda a eternidade.

É o que tenho.

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