sábado, 2 de abril de 2016

13/21

O dia está apenas começando, são 6h55 da manhã. Eu tenho um dia inteiro de treinamento.

Tentei dormir cedo. Meditei, me acalmei.
Acordei as 3h e alguma coisa da madrugada com o coração na garganta. Tentei controlar o bombardeio de pensamentos, a respiração, dormi mais um pouco.

No momento a vontade é de gritar socorro. Sinto muito medo de muitas coisas. Estou me criticando bastante num momento de muita dor e isso só me machuca ainda mais.
Sensação de que estou desfalecendo, que a qualquer momento caio fraca em qualquer canto e não vou ter forças ou coragem de me levantar.
Eu li agora que a vênus está em peixes e a lua capricórnio. É a minha vênus e a minha lua essas. É o meu momento. Minha lua está julgando a minha vênus. É a impressão.

Fico pensando várias coisas que eu não devia. Tento bloquear esses pensamentos, mas eles vêm como um tsunami destruindo e invadindo tudo. Estou em pedaços.
"Agora vai ficar tudo bem, o problema era você, você atrapalhava a vida dele, você forçou uma situação, você deixou ele mal por não conseguir sentir o que você queria, você era sentimental demais, daqui a pouco ele vai se sentir feliz, vai ser livre, vai sentir pena ou raiva de você, nunca mais serão amigos".
Minha mente é muito cruel, mas eu sei que também muito verdadeira.
Gostaria de poder me livrar de mim também, de ir embora junto com ele e deixar essas coisas pesadas que tenho sempre dentro de mim para trás.
É muita cobrança dentro de mim, muita exigência. Não tenho para onde correr, ser certa com os outros, com o mundo, comigo, num mundo corrupto, violento, manipulador é sufocante. Ainda não encontrei a paz interior. A aceitação total de quem eu sou.
E eu sei o quanto sou boa, mas ainda me entristeço quando vejo que não encaixo na sociedade, vejo que as pessoas não se parecem comigo, não se preocupam com o que acho importante, não podem me devolver o que eu quero dar a elas e, mesmo que eu deva viver a vida toda fazendo coisas sem pedir em troca, vou continuar me machucando com os tapas que levo, os abandonos, a solidão, não estou acima dessas coisas ainda.

Estava falando com um colega sobre tudo, meus relacionamentos, meu trabalho, os poucos amigos e as situações que me entristecem.
Ele me disse uma coisa que me fez pensar a noite toda: as pessoas tratam a gente da maneira que permitimos ser tratados.
Acho que está me faltando esse auto respeito.

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